DIREITOS DOS PRESOS
Monografia apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação, Pesquisa do
Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Regional do Cariri – URCA
Direito Penal e Criminologia
RESUMO
O presente trabalho intitulado Direito dos Presos tem como proposta analisar a concretude desses direitos consagrados e positivados no Estado Democrático de Direito - um caminho de luta contra o arbítrio e a negação da cidadania democrática - que tem como pressuposto uma organização em função da defesa e realização dos direitos fundamentais, garantindo o respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica. O interesse pela investigação do tema está diretamente relacionado com todas as observações e reflexões como testemunha ocular da realidade do cárcere e além da necessidade um aprofundamento maior de um trabalho anteriormente proposto no decorrer do Curso, no qual a indiferença dos atores participante da Execução da Pena nos sensibilizou e frustrou profundamente. Além dessas razões, pela escassez bibliográfica sobre o tema, aliado ao fato de ser imperativo e urgente repensar o que sucede do outro lado dos muros dos estabelecimentos penais após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, haja vista, como bem frisou o Ministro Cesar Peluso[1] de que a prisão “não tem servido para reinserir ninguém na sociedade e, particularmente, em alguns casos, nós sabemos muito bem, exemplificadamente, há até uma escola de crimes. Quem entra no sistema prisional brasileiro, no sistema penitenciário, tende a sair muito pior do que entrou”. Partindo desse pressuposto, o trabalho sustenta que é a ausência do Estado de Direito - o não-Estado - o principal responsável pelo caos social e pelas falências institucionais, uma vez que é inerte, ineficiente e incompetente na efetivação das garantias constitucionais, e portanto, também responsável pela violência e insegurança que nos brasileiros vivenciamos cotidianamente, uma vez que essa violência organizada se exprime contra o Estado de Direito - a partir dele mesmo - pelos sem-Direitos, sem-Estado, sem-Perspectivas, em especial os presos que são dessocializados e desumanizados e nunca ressocializados, onde isso se traduz pela comprovação objetiva dos altos índices de reincidência. Com esse intuito iniciamos o estudo pela evolução histórica desses direitos, a seguir fazemos uma restrospectiva de como se sucedeu a execução penal no Brasil, enfocamos o esforço que foi até chegarmos na Lei de Execuções Penais em 1984. A partir daí, elencamos os direitos positivados, posteriormente fazemos um contraponto entre a normativa penal e a sua concretude nas prisões. Além disso, trazemos a figura Ombudsmen ou Provedores da Justiça presente nos países da União Europeia que promove o Estado Democrático de Direito, bem como uma experiência recente e pioneira na área da Execução Penal na Itália, que se espelhado nessa tradição anglo saxônica do Ombudsmen, inovaram com a instituição do “Il Garanti dei diritto dei detenuti” no sistema carcerário. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica e virtual, a qual desenvolvida a partir de leitura e análise desse material teórico, constituído exclusivamente de livros e trabalhos científicos, leis e normas jurídicas.
Palavras-chaves: Presos, Execução Penal, Direitos dos Presos, Direitos fundamentais.
PREMESSA
Il presente lavoro intitolato Diritto dei detenuti, propone di analizzare la concretezza dei diritti riconosciuti e resi positivi nello Stato democratico di diritto - un cammino di lotta contro l'arbitrio e la negazione della cittadinanza democratica - che ha come presupposto un'organizzazione in funzione della difesa e la realizzazione dei diritti fondamentali, garantendo il rispetto dei diritti umani e delle libertà fondamentali, attraverso l'istituzione di una tutela giuridica. L'interesse per la ricerca sul tema è direttamente collegata a tutte le osservazioni e riflessioni ,come la testimonianza oculare della realtà del carcere, oltre alla necessità di un ulteriore approfondimento di un precedente lavoro proposto durante il corso, nel quale l'indifferenza degli attori che partecipano alla Esecuzione della Pena ci ha profondamente coinvolti, frustrando la proposta iniziale.Oltre a queste ragioni,per la scarsità di letteratura in materia,insieme al fatto che è imperativo e urgente ripensare a ciò che accade al di là delle mura degli istituti di pena dopo il passaggio in giudicato della sentenza penale di condanna, e considerando,come ha ben sottolineato il Ministro Cesar Peluso[2], che la prigione "non è servita a reinserire nessuno nella società e , in particolare, in alcuni casi- lo sappiamo molto bene, esemplificativamente-, è anche una scuola di criminalità. Chi entra nel sistema carcerario brasiliano, nel sistema penitenziario, tende a uscirne molto peggiore di quando vi è entrato la prima volta". Sulla base di questo presupposto, il documento sostiene che è la mancanza dello Stato di Diritto - il non- Stato -il principale responsabile del caos sociale e delle carenze istituzionali, dal momento che è inerte, inefficace e incompetente a attuare le garanzie costituzionali, e quindi anche responsabile delle violenze e dell'insicurezza che viviamo ogni giorno in Brasile, dal momento che questa violenza organizzata è espressa contro lo Stato di diritto -a partire da esso stesso- per i senza -diritti,i senza - Stato,i senza-prospettiva, in particolare per i detenuti che sono desocializzati e disumanizzati e mai reinseribili nella società, per cui ciò si traduce nella prova oggettiva degli alti tassi di recidiva. Con questo spirito abbiamo iniziato lo studio dell' evoluzione storica di questi diritti, e facendo, poi , una retrospettiva di come si è arrivati all'esecuzione penale in Brasile, ci siamo concentrati sullo sforzo con cui siamo arrivati alla legge di Esecuzione Penale del 1984. A partire da lì elenchiamo i diritti positivi, quindi un confronto tra normativa penale e sua concretizzazione nelle carceri.. Inoltre, tracciamo la figura dell'Ombudsmen o Difensore civico presente nei paesi dell'Unione Europea che promuove lo Stato democratico di diritto, come esperienza recente e pionieristica nell'ambito dell' esecuzione penale in Italia, che si rispecchia nella tradizione anglosassone dell’ Ombudsmen, arricchita dall’ istituzione de, il Garante dei diritto dei detenuti nel sistema carcerario. La metodologia utilizzata è quella di una ricerca bibliografica e virtuale, nata dalla lettura e l' analisi del materiale teorico, composta esclusivamente di libri e lavori scientifici, leggi e norme giuridiche.
Parole chiave: I detenuti, l'Esecuzione penale, i diritti dei detenuti ', i diritti fondamentali.
[2] Nel 2010, Stato di Bahia, nel 12 ° Congresso delle Nazioni Unite sulla prevenzione del crimine e la giustizia penale.