Los Nadies - Os ninguéns





LOS NADIES
EDUARDO GALEANO


Sueñan las pulgas con comprarse un perro y sueñan los nadies con salir de pobres, que algún mágico día llueva de pronto la buena suerte, que llueva a cántaros la buena suerte; pero la buena suerte no llueve ayer, ni hoy, ni mañana, ni nunca, ni en lloviznita cae del cielo la buena suerte, por mucho que los nadies la llamen y aunque les pique la mano izquierda, o se levanten con el pié derecho, o empiecen el año cambiando de escoba.

Los nadies: los hijos de nadie, los dueños de nada,
los nadies: los ningunos, los ninguneados,
corriendo la liebre, muriendo la vida, jodidos,
rejodidos.
Que no son aunque sean.
Que no hablan idiomas sino dialectos.
Que no profesan religiones sino supersticiones.
Que no hacen arte sino artesanía.
Que no practican cultura sino folklore.
Que no son seres humanos sino recursos humanos.
Que no tienen cara sino brazos.
Que no tienen nombre sino número.
Que no figuran en la historia universal
sino en la crónica roja de la prensa local.

Los nadies.......
que cuestan menos que la bala que los mata...


TRADUÇÃO:


OS NINGUÉNS


“As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.

Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.”

CRIMINOLOGIA: Hipóteses para um crime bárbaro


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizKeullxNIUb6ps0nMwBN4Wr6JRyGm68pyQK689orsFpVxdRHbbJSyfdhNhlMxbJpstI0tkAtzkej8AgqN90HcsNgP9wqdNfTucctmkcUDZo1fGqu4AsIW3trp4ha9hsDPJ8BVFEFVABM/s1600/46381_102476146479095_100777349982308_15062_438541_n.jpg 



Esse da foto é Renato Seabra, um jovem de 21 anos, recém entrado no mundo da moda e da fama, pacato, calmo, tímido, fala pouco, bem integrado na sociedade, bom aluno, com amigos, sem históricos de problemas na adolescência, frequentava sempre as missas, nunca apresentou perturbações psiquiátricas, vindo de uma pacata cidade portuguesa  e com uma vida toda pela frente.

Esse jovem agrediu na cabeça e estrangulou, depois com um saca-rolhas furou os olhos e mutilou o orgão sexual de um  jornalista - Carlos Castro histórico das páginas do social e homossexual assumido - no luxo de Manhattan, num quarto com placa na porta para ‘não incomodar.  Ainda dizem que depois do crime ele tomou banho e não se preocupou em apagar as provas.





O que terá levado esse jovem a ter um comportamento tão violento?

Será que não aguentou a pressão psicológica?

Será que não suportou os sacrifícios que tinha que se “submeter”?

Será que foram os conflitos intrapsíquicos relacionados com a sua sexualidade?

Será que não conseguido parar e controlar a situação dos “aos meios para atingir os fins”  perdeu o controle total? 

Será esquizofrenia?

...Os psicólogos e psiquiatras põem a hipótese dele ter descompensado e ter tido um surto psicótico agudo.

E você o que acha que motivou esse crime tão bárbaro? 



CURIOSIDADES SOBRE O JULGAMENTO E A CONDENAÇÃO EM  NEW YORK
Em Nova Your, se o acusado declarar-se culpado perante o Supremo, não chegaria a ir a julgamento, o que ajudará a defesa a negociar uma sentença, haja vista, que aproximadamente 95% dos casos de homicídio são resolvidos através de negociações e acordos entre advogados de defesa e o procurador de justiça. No Brasil não existe negociação, os crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os conexos -  Homicídio (art.121 CP);  Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art.122 CP); Infanticídio (art. 123 CP);  Aborto (art. 124 a 128 CP) são julgados pelos Tribunais do Júri.  
O assassínio em 2.º grau, o mais comum e do qual Renato Seabra está acusado, prevê uma pena que vai de 25 anos a prisão perpétua, permitindo o pedido de liberdade condicional ao fim dos 25 anos, apelo que no caso de não ser concedido pode ser renovado de dois em dois anos.
No Estado de Nova Iorque, o homicídio de 1.º grau prevê 12 situações, como matar um juiz, um polícia, duas pessoas no mesmo crime, tortura seguida de assassínio e outros casos extremos. Só neste caso "o réu pode ser condenado a prisão perpétua sem possibilidade de pedir liberdade condicional".  O procurador pode acusar o presumível assassino de homicídio em 1.º grau se conseguir provar que houve tortura antes da morte.
Nova Iorque é um dos 35 Estados americanos que aboliu a pena de morte em 2004.



FONTES
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/o-modelo-que-matou-carlos-castro 
 http://laraguina-psicologa.blogspot.com/  
http://www.youtube.com/watch?v=2Dud1CMCDug
http://forum.menshealth.com.pt/off-topic/7474-o-estranho-caso-de-carlos-castro-e-renato-seabra-6.html#post309449 
http://www.dn.pt/inicio/pessoas/interior.aspx?content_id=1772445

“Diário de um detento”



“Diário de um detento”

São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8 horas da manhã.

Aqui estou, mais um dia/ Sob o olhar sanguinário do vigia 
Você não sabe como é caminhar/ Com a cabeça na mira de uma HK
Metralhadora alemã ou de Israel/ Estraçalha ladrão que nem papel

Na muralha, em pé/ Mais um cidadão José
Servindo o Estado, um PM bom/ Passa fome metido a Charles Bronson
Ele sabe o que eu desejo/ Sabe o que eu penso
O dia ’tá chuvoso/ O clima ’tá tenso

Vários tentaram fugir, eu também quero
 Mas, de um a cem, a minha chance é zero
Será que Deus ouviu minha oração?
Será que o juiz aceitou a apelação?

Manda um recado lá pro meu irmão/ Se tiver usando droga, ’tá ruim na minha mão
Ele ainda ’tá com aquela mina?/ Pode crer, moleque é gente fina

Tirei um dia a menos ou um dia a mais/ Sei lá, tanto faz, os dias são iguais
Acendo um cigarro e vejo o dia passar/ Mato o tempo pra ele não me matar

Homem é homem, mulher é mulher/ Estuprador é diferente, né?
Toma soco toda hora, ajoelha e beija os pés/ E sangra até morrer na rua Dez

Cada detento uma mãe, uma crença/ Cada crime uma sentença
Cada sentença um motivo, uma história/ De lágrima, sangue, vidas inglórias
Abandono, miséria, ódio, sofrimento/ Desprezo, desilusão, ação do tempo
Misture bem essa química, pronto:/ Eis um novo detento

Lamentos no corredor, na cela, no pátio/ Ao redor do campo, em todos os cantos
Mas eu conheço o sistema, meu irmão, hã.../ Aqui não tem santo
Ratatatá,  preciso evitar/ Que um safado faça a minha mãe chorar
Minha palavra de honra me protege/ Pra viver no país das calças bege
Tic tac, ainda é 9 e 40/ O relógio na cadeia anda em câmera lenta

Ratatatá, mais um metrô vai passar/ Com gente de bem, apressada, católica
Lendo jornal, satisfeita, hipócrita/ Com raiva por dentro, a caminho do Centro
Olhando pra cá, curiosos, é lógico/ Não, não é não, não é o zoológico
Minha vida não tem tanto valor/ Quanto seu celular, seu computador

Hoje, ’tá difícil, não saiu o sol/ Hoje não tem visita, não tem futebol
Alguns companheiros têm a mente mais fraca/ Não suporta o tédio, arruma quiaca
Graças a Deus e a Virgem Maria/ Faltam só 1 ano, 3 meses e uns dias
Tem uma cela lá em cima fechada/ Desde terça-feira ninguém abre pra nada
Só o cheiro de morte e pinho sol/ Um preso se enforcou com o lençol
Qual que foi? Quem sabe não conta/ Ia tirar mais uns seis de ponta a ponta
Nada deixa um homem mais doente/ Que o abandono dos parentes

Aí, moleque, me diz, então, cê qué o quê?/ A vaga ’tá  lá esperando você
Pega todos seus artigos importados/ Seu currículo no crime e limpa o rabo
A vida bandida é sem futuro/ Sua cara fica branca desse lado do muro
Já ouviu falar de Lúcifer?/ Que veio do Inferno com moral, um dia
No Carandiru, não, ele é só mais um/ Comendo rango azedo com pneumonia

Aqui tem mano de Osasco, do Jardim D'Abril/ Parelheiros, Mogi, Jardim Brasil
Bela Vista, Jardim Ângela, Heliópolis/ Itapevi, Paraisópolis.
Ladrão sangue bom tem moral na quebrada/ Mas pro Estado é só um número, mais nada
9 pavilhões, 7 mil homens/ Que custam 300 reais por mês, cada

Na última visita, o neguinho veio aí/ Trouxe umas frutas, Marlboro, Free
Ligou que um pilantra lá da área voltou/ Com Kadett vermelho, placa de Salvador
Pagando de gatão, ele xinga, ele abusa/ Com uma 9 milímetros debaixo da blusa
"Aí, neguinho, vem cá, e os manos onde é que ’tá?/ Lembra desse cururu que tentou me matar?"
"Aquele puta é ganso, pilantra, corno manso/ Ficava muito doido e deixava a mina só
A mina era virgem e ainda era menor/ Agora faz chupeta em troca de pó!"
"Esses papos me incomoda, se eu tô na rua, é foda..."/ "É, o mundo roda, ele pode vir pra cá."
"Não, já, já, meu processo ’tá aí/ Eu quero mudar, eu quero sair/
Se eu trombo esse fulano, não tem pá, não tem pum,/ E eu vou ter que assinar um 121."

Amanheceu com sol, 2 de outubro,/ Tudo funcionando, limpeza, jumbo
De madrugada, eu senti um calafrio/ Não era do vento, não era do frio
Acerto de conta tem quase todo dia/ Ia ter outra logo mais, hã, eu sabia
Lealdade é o que todo preso tenta/ Conseguir a paz, de forma violenta
Se um salafrário sacanear alguém/ Leva ponto na cara igual Frankenstein
Fumaça na janela, tem fogo na cela/ Fudeu, foi além, se pã!, tem refém
Na maioria, se deixou envolver/ Por uns cinco ou seis que não têm nada a perder
Dois ladrões considerados passaram a discutir/ Mas não imaginavam o que estaria por vir
Traficantes, homicidas, estelionatários/ Uma maioria de moleque primário
Era a brecha que o sistema queria/ Avise o IML, chegou o grande dia
Depende do sim ou não de um só homem/ Que prefere ser neutro pelo telefone
Ratatatá, caviar e champanhe/ Fleury foi almoçar, que se foda a minha mãe!
Cachorros assassinos, gás lacrimogêneo/ Quem mata mais ladrão ganha medalha de prêmio
O ser humano é descartável no Brasil/ Como modess usado ou bombril
Cadeia? Guarda o que o sistema não quis/ Esconde o que a novela não diz
Ratatatá! sangue jorra como água/ Do ouvido, da boca e nariz
O Senhor é meu pastor, perdoe o que seu filho fez/ Morreu de bruços no salmo 23
Sem padre, sem repórter, sem arma, sem socorro,/ Vai pegar HIV na boca do cachorro
Cadáveres no poço, no pátio interno/ Adolf Hitler sorri no inferno
O Robocop do governo é frio, não sente pena/ Só ódio e ri como a hiena
Ratatatá, Fleury e sua gangue/ Vão nadar numa piscina de sangue
Mas quem vai acreditar no meu depoimento?
Dia 3 de outubro, diário de um detento.

DIREITOS DOS PRESOS

DIREITOS DOS PRESOS

 
Monografia apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação, Pesquisa do 
Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Regional do Cariri – URCA
Direito Penal e Criminologia


RESUMO


O presente trabalho intitulado Direito dos Presos tem como proposta analisar a concretude desses direitos consagrados e positivados no Estado Democrático de Direito - um caminho de luta contra o arbítrio e a negação da cidadania democrática - que tem como pressuposto uma organização em função da defesa e realização dos direitos fundamentais, garantindo o respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica. O interesse pela investigação do tema está diretamente relacionado com todas as observações e reflexões como testemunha ocular da realidade do cárcere e além da necessidade um aprofundamento maior de um trabalho anteriormente proposto no decorrer do Curso, no qual a indiferença dos atores participante da Execução da Pena nos sensibilizou e frustrou profundamente. Além dessas razões, pela escassez bibliográfica sobre o tema, aliado ao fato de ser imperativo e urgente repensar o que sucede do outro lado dos muros dos estabelecimentos penais após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, haja vista, como bem frisou o Ministro Cesar Peluso[1] de que a prisão “não tem servido para reinserir ninguém na sociedade e, particularmente, em alguns casos, nós sabemos muito bem, exemplificadamente, há até uma escola de crimes. Quem entra no sistema prisional brasileiro, no sistema penitenciário, tende a sair muito pior do que entrou”. Partindo desse pressuposto, o trabalho sustenta que é a ausência do Estado de Direito - o não-Estado -   o principal responsável pelo caos social e pelas falências institucionais, uma vez que é inerte, ineficiente e incompetente na efetivação das garantias constitucionais, e portanto, também responsável pela violência e insegurança que nos brasileiros vivenciamos cotidianamente, uma vez que  essa violência organizada  se exprime contra o Estado de Direito - a partir dele mesmo - pelos sem-Direitos, sem-Estado, sem-Perspectivas, em especial os presos que são dessocializados e desumanizados e nunca ressocializados, onde isso se traduz pela comprovação objetiva dos altos índices de reincidência. Com esse intuito iniciamos o estudo pela evolução histórica desses direitos, a seguir fazemos uma restrospectiva de como se sucedeu a execução penal no Brasil, enfocamos o esforço que foi até chegarmos na Lei de Execuções Penais em 1984. A partir daí, elencamos os direitos positivados, posteriormente  fazemos um contraponto entre a normativa penal e a sua concretude nas prisões.  Além disso, trazemos a figura Ombudsmen ou Provedores da Justiça presente nos países da União Europeia que promove o Estado Democrático de Direito, bem como uma experiência recente e  pioneira na área da Execução Penal na Itália, que se espelhado nessa tradição anglo saxônica do Ombudsmen, inovaram com a instituição do “Il Garanti dei diritto dei detenuti” no sistema carcerário. A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica e virtual, a qual desenvolvida a partir de leitura e análise desse material teórico, constituído exclusivamente de livros e trabalhos científicos, leis e normas jurídicas.  

Palavras-chaves: Presos, Execução Penal, Direitos dos Presos, Direitos fundamentais.
PREMESSA


Il presente lavoro intitolato Diritto dei detenuti, propone di analizzare la concretezza dei diritti riconosciuti e resi positivi nello Stato democratico di diritto - un cammino di lotta contro l'arbitrio e la negazione della cittadinanza democratica - che ha come presupposto un'organizzazione in funzione della difesa e la realizzazione dei diritti fondamentali, garantendo il rispetto dei diritti umani e delle libertà fondamentali, attraverso l'istituzione di una tutela giuridica. L'interesse per la ricerca sul tema è direttamente collegata a tutte le osservazioni e riflessioni ,come la testimonianza oculare della realtà del carcere, oltre alla necessità di un ulteriore approfondimento di un precedente lavoro proposto durante il corso, nel quale l'indifferenza degli attori che partecipano alla Esecuzione della Pena ci ha profondamente coinvolti, frustrando la proposta iniziale.Oltre a queste ragioni,per la scarsità di letteratura in materia,insieme al fatto che è imperativo e urgente ripensare a ciò che accade al di là delle mura degli istituti di pena dopo il passaggio in giudicato della sentenza penale di condanna, e considerando,come ha ben sottolineato il Ministro Cesar Peluso[2], che la prigione "non è servita a reinserire nessuno nella società e , in particolare, in alcuni casi- lo sappiamo molto bene, esemplificativamente-, è anche una scuola di criminalità. Chi entra nel sistema carcerario brasiliano, nel sistema penitenziario, tende a uscirne molto peggiore di quando vi è entrato la prima volta". Sulla base di questo presupposto, il documento sostiene che è la mancanza dello Stato di Diritto - il non- Stato -il principale responsabile del caos sociale e delle carenze istituzionali, dal momento che è inerte, inefficace e incompetente a attuare le garanzie costituzionali, e quindi anche responsabile delle violenze e dell'insicurezza che viviamo ogni giorno in Brasile, dal momento che questa violenza organizzata è espressa contro lo Stato di diritto -a partire da esso stesso- per i senza -diritti,i senza - Stato,i senza-prospettiva, in particolare per i detenuti che sono desocializzati e disumanizzati e mai reinseribili nella società, per cui ciò si traduce nella prova oggettiva degli alti tassi di recidiva. Con questo spirito abbiamo iniziato lo studio dell' evoluzione storica di questi diritti, e facendo, poi , una retrospettiva di come si è arrivati all'esecuzione penale in Brasile, ci siamo concentrati sullo sforzo con cui siamo arrivati alla legge di Esecuzione Penale del 1984. A partire da lì elenchiamo i diritti positivi, quindi un confronto tra normativa penale e sua concretizzazione nelle carceri.. Inoltre, tracciamo la figura dell'Ombudsmen o Difensore civico presente nei paesi dell'Unione Europea che promuove lo Stato democratico di diritto, come esperienza recente  e pionieristica nell'ambito dell' esecuzione penale in Italia, che si rispecchia nella tradizione anglosassone dell’ Ombudsmen, arricchita dall’ istituzione de, il Garante dei diritto dei detenuti nel sistema carcerario. La metodologia utilizzata è quella di una ricerca bibliografica e virtuale, nata dalla lettura e l' analisi del materiale teorico, composta esclusivamente di libri e lavori scientifici, leggi e norme giuridiche.

Parole chiave: I detenuti, l'Esecuzione penale, i diritti dei detenuti ', i diritti fondamentali.


Em  2010, no Estado da Bahia no 12º Congresso da ONU sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal.

[2] Nel 2010, Stato di Bahia, nel 12 ° Congresso delle Nazioni Unite sulla prevenzione del crimine e la giustizia penale.




QUANTO VALE OU É POR QUILO?



QUANTO VALE OU É POR QUILO?


“A bondade é o melhor status que o ser humano pode comprar“

“Doar é um instrumento de poder


SUMÁRIO: 1. Introdução; 2. Século XVIII - Modelo Escravagista; 3. Tempos Atuais – Modelo Neoliberal; 4. Considerações Finais; 5. Referências.

1. INTRODUÇÃO
O filme QUANTO VALE OU É POR QUILO? está dividido em várias histórias e tem uma narrativa entrecortada, no entanto faz uma costura entre os recortes temporais de duas épocas aparentemente distintas. É traçado um paralelo entre o modelo escravagista da época do Brasil império com o atual modelo neoliberal fazendo uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, com a repetição de alguns atores em situações também análogas.
As histórias principais são cortadas por pequenos relatos ambientados no período da escravidão. Algumas das cenas revelam as mazelas e contradições de um país em crise de valores. A realidade é retratada de forma fiel e crua, revelando como são tantas as disparidades.
O filme é chocante ao ponto de até nos causar agonia, assim como também  nos dá uma sensação de constrangimento de vivermos cotidianamente próximo a esses fatos existentes e tão reais.
O filme é transcendental pela forma que conscientiza  de quantas e quantas vezes  nossas mentes e consciências estão anestesiadas e ainda acreditam e vêem um mundo mágico recheado de slogans em prol da solidariedade e da responsabilidade social.
O filme é também atraente por desnudar de forma surpreende ao espectador as desigualdades, os direitos e o capitalismo atual e ao mesmo tempo causar efeito pelas provocações que faz a sociedade.
 O filme incomoda e desassossega pela acidez e agressividade demasiada impactantes. No entanto, é de fundamental importância para os que desejam seriamente refletir sobre:  a dinâmica político-socioeconômica, a forma como  os processos de globalização afetam o crime, a manutenção das corrupções impunes, as enormes diferenças sociais tão perturbadoras, a violência incessante e perversa do nosso país, além hipocrisia que trilha o caminho dessa sociedade brasileira ao longo da história.

2. SÉCULO XVIII:  MODELO ESCRAVAGISTA

Logo no começo vemos os maus tratos que os escravos negros recebiam no século XIX. Os “métodos correcionais” eram  aplicados para se garantir a honestidade e sobriedade, pois perdiam o vício de beber e consequentemente o instinto para roubar, ou como método preventivo contra as fugas dando para os reincidentes uma estimulação a humildade e a subserviência. Era como se fosse natural torturar os seres humanos, como se houvesse uma justificativa aceitável para aquilo.
As histórias são reais da vida cotidiana do Brasil extraídas de documentos do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, envolvendo os desmandos e abusos que marcavam as relações entre senhores e escravos, por volta de 1790, não mostrando nem glórias, nem heróis, mas personagens que não desapareceram: o “sobrevivente”, o “bem-feitor”, o “capataz”, e os cenários da escravidão explícita.
O comércio de escravos estava em expansão do varejo ao atacado, como podemos ver em vários episódios situados no século XVIII. Os capitães do mato, por exemplo,  caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro.
Se tivéssemos a informação correta, moral e ética, diríamos que o escravismo foi um regime criminoso contra a humanidade, de leis e fatos, imorais, antiéticos, condenáveis em qualquer sociedade que fizesse bom juízo dos fatos.
Os documentos chocam porque na verdade não revelam situações fictícias, mas situações descritas em documentos oficiais, dissecando a gênese de uma identidade nacional.
Muitos roubaram e mataram, viveram na continuidade dos benefícios do roubo, outros descobriam os benefícios da Lei Penal do Vice Reinado que condenava tudo que perturbava a paz social.
Muitos outros descobriram que as  ações de generosidades também é uma forma de encontrar oportunidades de investimentos que geram bons lucros, como é visto nas cenas, pequenos negócios que se faziam com escravos que desejavam sua alforria pois pela solidariedade em nome da amizade e alguns lucros ajudava-se a obtenção da tão sonhada liberdade.

2.  TEMPOS ATUAIS:  MODELO NEOLIBERAL

Nesse modelo atual a economia é globalizada, marcado por um mundo contemporâneo muito complexo e em contínua expansão, onde o que vale são os lucros, sejam eles provenientes de atividades econômicas, sociais, políticos ou de fontes duvidosas.
Existia a noção de que o mercado seria capaz de equacionar sozinho o problema do desenvolvimento das nações democráticas e capitalista, o qual transformaria tudo em produto, inclusive os gestos humanitários como a solidariedade e a caridade. No entanto, os discursos de transformação e de combate à desigualdade em prol do “combate à pobreza” esta em declínio. O povo esta aprisionado a uma democracia lúdica, uma vez que o capitalismo selvagem faz com que o mercado exclua, elimine e descarte.
Assim como no modelo escravista a violência atual toma proporções cada vez maiores e as desigualdades sociais permanecem altas, não só nos indicadores socioeconômicos, como também na forma como o mercado de trabalho funciona.  
Embora as ONGs sejam o centro da história do filme, no entanto outras instituições  dessa tal democracia burguesa são abordadas e percebidas, como por exemplo:  o sistema carcerário brasileiro, os presídios superlotados, inclusive sendo comparados aos navios negreiros, mostrando também a sociedade constantemente recorrendo ao direito penal como forma de prevenção e proteção de determinados bens jurídicos.
No tempo do império os escravos eram propriedade, um objeto que custava para seu dono apenas a saúde e alimentação em troca do trabalho grátis,  e atualmente são “escravos sem donos” que dentro das penitenciarias não fazem nada, a não ser se especializar em novas práticas criminosas. Os detentos  sofrem porque não existe efetividade da lei das execuções penais nem na garantia dos direitos tampouco na inclusão social do apenado, no entanto o seu custo (na época do filme 700,00) hoje esta na média de 1.100 reais.
A criminalidade também exerce uma função social, a qual em expansão produz  emprego direito e indireto, funcionando como agente aquecedor da economia do município, do estado  e do país.
Além disso, influencia na Construção civil privada e na  própria construção de presídios, já que é um investimento rentável porque o preço a mão de obra dos pacatos presos do semi-aberto é mais barato para se contratar, além de estar participando da reinclusão social da massa carcerária.
Os pistoleiros ou  matadores de aluguéis são os capitães do mato neoliberais que fazem o serviço sujo,  no entanto, hoje atuam de uma forma evoluída não usam cordas, usam balas, não precisam mais trazer o escravinho  do sistema para entregar o seu senhor. Simplesmente deixa(m)  o(s) “eliminado(s)” ou o(s) “chacinado(s)”, os quais geralmente são jovens das favelas e de menor poder aquisitivo, atirado (s) no chão, jogado (s) no meio da rua.
O cenário é de guerra, é exigido articulação, estratégias, adequação aos perfil exigidos,  avaliações do custo e benefícios tanto dos “ongueiros”, como das associações,  mas também do bandido.
Contudo, nessa sociedade democrática e neoliberal as palavras    “livre iniciativa”, “captação de recurso”, “distribuição de renda”, “marketing”, “business”, “investimentos” também são usadas pelo submundo do crime, já que as opções são: continuar na miséria ou tentar ultrapassar a ponte sobre o abismo social. 
 Os excluídos socialmente  criam uma de visão de mundo, ao observarem o padrão de vida dos mais favorecidos, sejam nas revistas ou nos bairros dignos. Acreditam que “a liberdade de consumir é a única e a verdadeira funcionabilidade da democracia”.
Assim, como para jovem o Candinho do filme que está desempregado e com a mulher grávida, tem que se virar para sobreviver. Sem qualificação profissional diante de um mercado de trabalho tão exigente, onde até para dar comida a mendigo é necessário ser bilíngüe, a saída é encontrar uma  oportunidade de um trabalho "autônomo e rentável" para sustentar a família. O rapaz então se transforma em um "caçador de bandidos", serviço terceirizado onde não é necessário diplomas ou títulos ou qualificação, apenas coragem.
Desse modo o filme em uma comparação impactante e com demasiado cinismo  estabelecer semelhanças entre os seqüestros e os métodos de “captação de recursos” e “redistribuição de renda”  praticada pelas ONGs. Como é mostrado na fala do personagem do bandido bem-articulado;  e também no momento em que um dos ricos donos de uma ONG corrupta, que fora seqüestrado é  torturado. É alegado que o seqüestro é como uma forma de captação de recursos e também distribuição de renda, onde se usa o dinheiro do resgate também como um modo  de repartir o dinheiro com a comunidade.  Sendo como uma conseqüência, uma que a(s) ONG (s) não fazem  os investimentos e empreendimentos comunitários  que deveria fazer.  Ou seja, praticam crimes no uso de atitudes drásticas, já que  vêem  que “o desespero faz as coisas andarem mais rápidas”
Os “escravos sem dono” são os excluídos e marginalizados em nossa sociedade encurralados pelo Estado ausente e ajudados pelo assistencialismo corrupto, onde sofrem violências por todos os lados.
Nos dias atuais, as organizações não governamentais através das instituições filantrópicas sem fins lucrativos, as ONGs, com o nome oficial de Terceiro Setor, são compostos por empresas que surgem e se proliferam devido à total ausência do Estado  na área social em atividades assistenciais. As ONGs são vistas com bons olhos pela maioria das pessoas,  pois, teoricamente, se tratam de instituições que se propõe a assumir papéis que deveriam ser exercidos pelo Estado e foram deixados de lado. Segundo dados apresentados no filme, esse setor é composto por mais de 20 mil entidades que movimentam nada menos do que U$ 100 milhões por ano, que empregam milhões de funcionários e voluntários.
Na verdade, esse mercado é fonte de muitos lucros, pois além de ajudarem as pessoas,  movimentam a economia  e ainda acham que diminuindo as desigualdades sociais.
No filme é escancarado como funciona esse enorme ramo empresarial, que  vive de “faturar em cima da permanência da miséria” mostrando os bastidores das possíveis engrenagens da corrupção e falcatruas que existe nesse setor.
 Setor esse que através da uma ideologia que o voluntariado é a solução para todos os males da humanidade  constroem uma  “indústria da miséria” ( que usam o dinheiro público e tendo com produto “gente”) muito lucrativa  e extremamente útil à reprodução do poder político.
As pautas sociais são passam de verdadeiras feiras de negócios, disfarçadas em “festas solidárias” promovidas no intuito de homenagear os que se destacaram no setor e para promover as parcerias incentivando os empreendimentos comunitários convencendo que investir em causas sociais é bom para o próximo e para as empresas uma vez que essa “responsabilidade social”
Essas “festas sociais”  são momentos onde os “ongueiros” e seus parceiros discutem como continuar com fartos fundos dos quais possam ajudar a cuidar e também como se beneficiar das Parcerias Público/Privada, o inflacionamento do valor das propinas pagas aos órgãos públicos e a lucratividade do setor. Também  trocam informações com temas como: captação de recursos, comissões, livre iniciativa, distribuição de renda, marketing. Inclusive se aproveita para encontrar formas de se eliminar tudo que esteja ameaçando seus interesses. Enquanto os  “pobres” acotovelam-se na disputa das migalhas que caem da mesa ou tornam-se “capatazes” deles.
O filme realmente é sarcástico ao mostrar como muita gente faz obras de caridade,  o assistencialismo.   Alguns fazem como forma de diminuir suas culpas, outras, como as  damas da sociedade que tem consciência social e fazem para manterem entidades filantrópicas para lavagem de dinheiro e com resgate no imposto de renda. É uma forma tão sutil de promovem a tal  “dieta na consciência” e se tornam pessoas de espírito elevado, que chega a ser hilariante.
Na vontade de lucrar existe uma verdadeira disputa entras as  entre diferentes entidades, pelo combustível de um novo comércio de atacado, os miseráveis.  Como se vê no filme na  empresas, como a  patrocinadora de projetos como “Informática na Periferia”, “Sorriso de Criança” e “Projeto Alegria” protege espaços e aperfeiçoam as estratégias para conseguir aprovação de projetos e doações ou tele doações.
 Nas propagandas veiculadas na mídia já é ultrapassado mostrar crianças com a miséria estampada no rosto, a técnica para sensibilizar e chamar a atenção das empresas no social exige das empresas de propagandas um marketing evoluído vinculando a solidariedade ao êxito, a posturas positivas e otimistas. Garantindo aos que financiam a mercantilização da solidariedade e da compaixão o retorno, que é na realidade o que mais lhes  preocupam. Por outro lado as associações se especializam no trabalho burocrático e na produção de tipos projetos  adequado a exigência e a sensibilidade da  possível ONG patrocinadora, ou seja, se estuda o perfil da ONG, uma vez que cada uma tem um público alvo e, portanto uma demanda diferente.
Criam situações que  transformam  a população mais carente em meras  peças num jogo que envolve entidades desonestas, órgãos governamentais e empresas. Empresas essas que descobriram que é sempre possível lucrar com a miséria. Afinal empresas com responsabilidades sociais podem e se justifica cobrar mais pelo bem comum.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O nosso Brasil hoje tem muitas semelhanças com o Brasil do filme, o que  nos ajuda a compreender as bases constitutivas de nosso Brasil atual, como também nosso passado escravista ainda permanente, embora com novas roupagens e novas formas. Além disso, também compreender a permanecia tão persistente das  desigualdades econômicas, sociais e de direitos no país.  Vemos como o povo continua  vitimado pela total falta de perspectivas.
No roteiro do filme não existem desfechos com saídas para as situações, como se essas possibilidades assumissem uma ordem pré-determinada e imutável, em  que todos parecem cumprir um papel social certo. Percebe-se que o filme assume uma posição excessivamente pessimista porque a tendência é sempre a metamorfose e uma adequação a novas formas de exploração,  traduzindo que as mudanças são inalcançáveis e utópicas.
O filme termina sem soluções e sem propostas. Mas cumpriu o seu papel ao abordar fatos evidenciando as contradições humanas,  que deve serem vistas com um olhar crítico, o que também não deixa de um belo convite à reflexão,  para que cada possa contribuir para dar novos desfechos para a nossa História, pois a responsabilidade de uma sociedade  brasileira descente e igual, onde a pessoas tenha sua dignidade respeitada é de cada um nós que fazemos parte dela.
A sociedade precisa refletir sobre como pensa, age, e tudo mais que tenha a ver como social. Afinal o que é e qual  a finalidade da democracia? Será que o nosso  Brasil precisa dessa população ativamente caridosa  ou de políticas públicas eficientes ou de efetividade das leis? O Brasil precisa ser um país socialista para ser um país justo? A solução ou alternativa para os dilemas inerentes ao capitalismo são as ONGs? È preferível imaginar que o conflito ainda não está posto no cotidiano brasileiro??
Já que o filme pôs em  cheque o caráter altruísta dessas Organizações, devemos considerar que  é impossível negar que muitos são aqueles que realmente se utilizam das ONGs para obtenção de lucros, como também,  utilizam para viabilizar benefícios particulares,  corrupção,  lavagem de dinheiro sujo, fazer desvios de verbas públicas, acobertar negócios escusos, obter altos lucros. Por outro lado,    não se pode generalizar e achar que todas as ONGs são um poço de más intenções e hipocrisia. È inegável que dentre as milhares de organizações também existe gente e entidades honestas.
A vontade de lucrar em cima dos miseráveis continua até os dias de hoje, e vemos que cada um está preocupado apenas em se dar bem. Essas características não trazem  nenhuma transformação, apenas agrava ainda mais a difícil situação e a falta de perspectivas dos “personagens pobres”  que sequer pela eterna subserviência oferecem possibilidade de resistência e luta.
Outro ponto que é relevante considerar é a forma como foi abordado o seqüestro, que pode ser interpretado como uma forma de  beneficiar os menos favorecidos e ludibriados pelas instituições assistenciais. 
O assistencialismo assume novas formas e muito variáveis, como: cestas são substituídas por cartões magnéticos, computadores consubstanciam o fetiche da “inclusão” digital e social, assim vai emergindo  o “terceiro setor” pronto para gerenciar e intermediar a assistência estatal aos pobres. 
É notável a falência das instituições no país e a exploração da miséria pelo marketing social ( a solidariedade de fachada). A farsa  ou pura maquinação que se volta contra o povo porque são economicamente rentáveis e geradoras de emprego e a  manutenção desse exército de miseráveis ou a prisão é interessante no atual jogo "democrático" e de "participação" da sociedade civil em prol de demandas não atendidas pelo Estado. Conforme aparecem no filme, funcionando  como empresa e objetivando o lucro,  tendo como diferenciam o discurso típico incorporados,  onde a responsabilidade social ou solidariedade são exaltadas e mobilizadas como marketing dessa nova indústria,  que gerencia a miséria e os miseráveis.
O que é exposto no filme  esta corroborado pela criação de uma CPI para investigar as ONGs, a qual  teve sua criação impulsionada pelo caso da ONG: Sociedade dos Amigos de Plutão,  denunciada por um jornalista, onde tal denúncia dizia que  a entidade recebia verba do governo e o  presidente da ONG era petista e amigo íntimo do presidente Lula. Além disso, a credibilidade de muitas delas está sendo debatido, em virtude da grande explosão de novas ONGs, que foi em torno 1180% desde 2002 e da maioria sobreviver com repasses de verbas da União, o que soma de 2001 a 2006 um valor estimados em 14 bilhões.
Por fim, o dinheiro que o Governo investe nas ONGs que trabalham com filantropia seria suficiente para ajudar milhares de famílias necessitadas. Os dados que são apresentados no filme são alarmantes, pois é relatada uma estimativa de que existam cerca de 14 a 22 mil entidades assistenciais, ONGs, que prestam assistência a menores carentes, com uma movimentação calculada em 100 milhões de dólares por ano. Cada criança carente corresponde nesse novo mercado a cada cinco novos empregos. Segundo os cálculos mostrados, se  10 mil crianças abandonadas fossem atendidas diretamente,  seria 10 mil dólares por ano  para cada uma. O que daria para  comprar  com esse mesmo  dinheiro um apartamento básico para cada criança,  a cada 2 anos e pagar escola particular até a faculdade.


 4. REFERÊNCIAS

FILME: QUANTO VALE OU É POR QUILO? – Drama – Ano de Lançamento: 2005 – Brasil - Estúdio: Agravo Produções Cinematográficas S/C Ltda, Distribuição: Riofilme, Direção: Sérgio Bianchi; Roteiro: Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto, baseado no conto "Pai Contra Mãe", de Machado de Assis; Produção: Patrick Leblanc e Luís Alberto Pereira; Edição: Paulo Sacramento. Elenco: Ana Carbatti, Cláudia Mello, Herson Capri, Caco Ciocler, Ana Lúcia Torre, Sílvio Guindane, Myriam Pires, Lena Roque; Lázaro Ramos, Leona Cavalli, Umberto Magnani, Joana Fomm, Marcélia Cartaxo, Odelair Rodrigues, Ariclê Peres, Zezé Motta, Antônio Abujamra, Ênio Gonçalves, Calara Carvalho, Noemi Marinho, Caio Blat, José Rubens Chachá, Mílton Gonçalves (locução), Valéria Grillo (locução), Jorge Helal (locução).
http://www.quantovaleoueporquilo.com.br/  Acesso em: 14 agosto 2009
http://www.scoretrack.net/quantovale.html  Acesso em: 14 agosto 2009